quinta-feira, 29 de março de 2012

10 ANOS DO CENTRO DE PESQUISA DE HISTÓRIA NATURAL E ARQUEOLOGIA DO ESTADO DO MARANHÃO

Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão: um marco de resistência no resgate, divulgação e proteção dos bens patrimoniais do Maranhão.  

          O Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão, órgão vinculado a Secretaria de Estado da Cultura, comemora oficialmente no dia 27 de Março, 10 anos de implantação pioneira no Estado onde desenvolve por intermédio de seu corpo técnico, atuando nas áreas de Paleontologia, Arqueologia e Etnologia, ações voltadas ao conhecimento, valorização e preservação patrimonial, tais como, atualmente na área de Arqueologia: levantamento de sítios de arte rupestre, o estabelecimento do processo de ocupação Tupiguarani no estado e o projeto “Vivendo sobre as Águas” coordenado por Deusdédit Carneiro Leite Filho  que retoma o tema as estearias do Maranhão, sítios arqueológicos locais singulares na Arqueologia Brasileira.

             Entretanto, desde a sua fundação, o CPHNAMA inaugurou a prática sistemática, até então inexistente no Estado, de pesquisas de salvamento, monitoramento e resgate de sítios no interior e na capital onde foi realizada a primeira escavação arqueológica no Centro Histórico de São Luís. Paralelamente, o órgão vem incrementando intercâmbios institucionais com a participação de sua equipe em projetos de parcerias nacionais, como também oferecendo apoio e endosso institucional a pesquisas de Arqueologia de Contrato. No âmbito profissionalizante tem orientado estagiários universitários que em sua maioria hoje formam a nova geração de pesquisadores locais.
 Em associação aos trabalhos de pesquisa nas mencionadas áreas afins a instituição empreende ações de educação patrimonial junto à comunidade, escolas e universidades por intermédio da produção e distribuição de material didático informativo, organizando eventos e assessorando a realização de feiras culturais.
Esse gerenciamento dos recursos patrimoniais maranhenses abrange sob a mesma orientação, voltada à construção do conhecimento e salvaguarda dos bens patrimoniais do estado, a localização, inventário e estudo dos sítios paleontológicos do Maranhão.
No que se refere à Etnologia, o CPHNAMA, vem sistematicamente realizando pesquisas e divulgando a cultura material, as festas e cerimônias tradicionais que caracterizam as etnias indígenas presentes no Maranhão, celebradas anualmente no evento “Semana dos Povos Indígenas no Maranhão” desde 2007. Tal evento tem contribuído para dar visibilidade à grande diversidade lingüístico-cultural dos Tenetehara, Ka´apor, Awá, Gavião, Krikati, Canela, Timbira e Krenyê
             Ao longo dos 10 anos de existência, a instituição recebeu um público visitante superior a 75.000 pessoas compreendendo freqüentadores locais, interioranos, nacionais e estrangeiros aos quais foram disponibilizados três espaços expositivos temáticos com monitoramento especializado e acesso para pesquisa à Biblioteca Olavo Correia Lima, cujo acervo compreende bibliografia especializada nas áreas de abrangência institucional.  
             Em tempos atuais quando somos diariamente surpreendidos por inovações tecnológicas revolucionárias acompanhadas por uma crescente valorização do futuro, há que se considerar uma missão de resistência fazer visíveis as marcas de presenças antigas, vestígios de memórias esquecidas e audíveis as vozes do passado para reconhecê-lo como alicerce fundamental na formação e afirmação da identidade maranhense.    
Rua do giz, 59 – Centro Histórico de São Luis-MA
(98)3218-9908/32189906
Aberto das: 8 as 12/14 as às 18h
EQUIPE TÉCNICA
Coordenação geral: Deusdedit Leite Filho;
Paleontologia:Agostinha Araujo Pereira;

Arqueologia: Deusdedit Carneiro Leite Filho;Etnologia: João Damasceno Figueiredo Junior




terça-feira, 20 de março de 2012

Características do Patrimônio Cultural do Município de Cururupu

Características do patrimônio Cultural DO MUNICÍPIO DE CURURUPU/MA
Por Marinelton Cruz
Praça Dr. Aquilles Lisboa

No litoral ocidental maranhense, neste importante contexto sócio ambiental,  localiza-se o Município de Cururupu, onde se desenvolve um conjunto de manifestações culturais que compõem com destaque a valorosa e diversificada cultura do Maranhão. Naquele contexto ocorre um processo evolutivo com base nos saberes tradicionais, formando a identidade cultural de principalmente três povos, que se miscigenam ao longo de mais de três séculos. 

Casa de Câmara e Cadeia¹


Os valores sócios culturais tradicionais vigentes se manifestam por meio do patrimônio material e imaterial, existentes na sede e na zona rural do município. Daí deduz-se que a observação e o estudo destas representações,   sejam; nas ruínas das  antigas fazendas que demonstram a presença simbólicas do trabalho escravo, ou na presente arquitetura do tipo colonial, ou nos vestígios das antigas comunidades indignas, assim como instrumentos ou ferramentas de trabalho característico dos tempos da idade da pedra polida, no sincretismo religioso  praticado pelas populações tradicionais em todo canto do Município, no atual modo de produção praticado na lavoura da mandioca, na pesca artesanal, na arte naval, no meio de transporte primitivo como o  carro de bois de rodas de madeiras, na confecção de utensílios de cerâmica, no artesanato, no bumba-meu-boi de costa de mão e na casa de taipa  levarão  a  apreensão dos fundamentos no processo constitutivo da identidade da população tradicional  e de seu o sistema consuetudinário no município de Cururupu.



LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO MUNICÍPIO DE CURURUPU
O município apresenta atualmente um território de 672,3 Km ², com uma população residente de 39.712 habitantes, dos quais cerca de 6.000 são moradores das ilhas. Limita-se ao Norte com o Oceano Atlântico e o Município de Bacurii, a Oeste com Serrano do Maranhão, ao sul com Porto Rico, Mirinzal e Santa Helena e ao leste com o Oceano Atlântico. Os principais rios são os que dão vazão para a cabeceira de Cururupu,Uru e  Liconde, são estes: rio Cururupu, rio Uru- mirim, rio Grande e o Igarapé-Açu, alem destes,  a região é repleta de nascentes que se interligam para formar os cursos d`aguas principais: em resumo, a zona rural de Cururupu pode ser considerada como um conjunto de Ilhas, dado aos variados  cursos d`águas que se entrecruzam. A zona costeira do Município é composta por um conjunto de Ilhas oceânicas que formam quatro arquipélagos limitando com as faixas litorâneas dos Municípios de Porto Rico do Maranhão, Serrano do Maranhão, Bacuri e Apicum-Açu. A região forma a Reserva Extrativista Marinha de Cururupu e Serrano do maranhão oficializada pela união em 2 de junho de 2004.

A sede do município apresenta características de cidade histórica contendo um patrimônio arquitetônico avaliado como do tipo colonial. A zona rural é composta por comunidades tradicionais quilombolas e na região continental estão os pescadores artesanais.
A sede do município está a 12 metros de altitude e encontra-se a cerca de 120 Km de São Luís (IBGE 2007).


O PATRIMÔNIO CULTURAL
O patrimônio cultural do município de Cururupu começou a ser estudado  oficialmente, a partir  do Século XXI, quando A Superintendência do Patrimônio Histórico e o Centro de pesquisa de Arqueologia e de História do Maranhão e  a administração municipal firmaram um acordo de cooperação técnica para acompanhamento do governo do Estado do Maranhão por meio da Secretaria de Cultura do Estado para A Pesquisa CURURUPU Origens e Evolução Histórica Cultural no ano de 2007, que      vem sendo desenvolvida desde 2005.

O centro histórico da cidade de Cururupu representa hoje um patrimônio que servirá para desvendar o desenvolvimento das elites e o também desenvolvimento econômico e cultural de uma parcela social, que se deslocou de uma, ou mais regiões da Europa em busca de construir riquezas no Maranhão.

As principais famílias que deram origem a povoação do elemento de cor branca no Município de Cururupu, vieram de vários pontos de Portugal, se organizaram por meio do comercio e da produção primaria da cana de açúcar com interesse na industrialização da produção para fins de exportação, com isso o município de Cururupu nos primórdios de sua fundação serviu para o desenvolvimento da produção de derivados da cana de açúcar no Estado do maranhão.

“Cururupu possue um significativo patrimônio arquitetônico constituido ao longo da sua história, destacando-se na sede do município algumas edificações da segunda metade do século XIX, que apresentam características estilísticas e técnicas de interesse para preservação a nível municipal e estadual.  A casa de Câmara e Cadeia, a Casa Paroquial, a Pousada São José, o Ginásio Cururupu, além de imóveis do entorno do porto, da Praça Aquiles Lisboa, Praça São José e Praça São João Batista, são representativos da memória. ( LEITE Filho 2007)

Os africanos oriundos do daomé e da costa douro ou costa dos escravos, chegaram como uma valiosa mercadoria e um precioso bem que servia para marcar a posição social de seus proprietários conforme a quantidade de escravos que possuíam. O elemento africano teve um papel de suma importância para consolidar a população branca do inicio da colonização nas terras do município durante o período histórico que compreendia o tempo do distrito quando as terras pertenciam ao município de Guimarães.

Os escravos que eram a base econômica dos escravocratas formavam  comunidades nos arredores das casas grandes das fazendas e depois, com o fim da escravidão foram se espalhando  nas da terras mais para dentro da floresta, quando formaram comunidades junto aos pouco índios que restavam escondidos na mata alta.

 Assim como também em escala maior formaram comunidades por titulo de doações de pequenas propriedades desmembrados das terras principais, que eram doadas aos filhos bastardos dos senhores escravocratas com suas escravas: estes então doavam os pedaços de terras juntamente com uma porção de escravos; com poucas exceções os quilombolas da atualidade do município de Cururupu não têm suas terras originadas neste processo.

No decorrer do tempo que começa logo após o processo escravista a com a extinção do plantio da cana-de-açúcar, a produção da farinha de mandioca marca também um período de prosperidade nas fazendas dos poucos senhores donos de engenho que resistiram no lugar. Dai em diante permanece até a atualidade como o principal produto produzido na lavoura do município.

Os gentios ou os Índios tupinambás habitaram por muitos séculos a costa e as porções de terras nas margens dos rios do maranhão. Há registros históricos que em Cururupu estes índios habitavam a costa e as margens dos rios que desembocam na antiga baia de “Cabelo de Velha’ hoje baia de “Mangunça” e toda a extensão do que é hoje identificado como terras do município de Cururupu.

 No inicio do século XXI, estamos encontrando os vestígios desta civilizarão que reinou muito antes do elemento Europeu chegar e por meio das armas matarem e disseminarem a nação tupinambá da região da baixada e do litoral ocidental do maranhão. Consta que por meio de sangrentas guerras os Governos da província do Maranhão de Jerônimo de Albuquerque e Bento Maciel parente  exterminaram e expulsaram desta região  varias povoações da nação tupinambá.

Por todo o município de Cururupu incluído a sede e a região das ilhas oceânicas encontramos vestígios seja: na forma de ferramentas, utensílios domésticos ou de restos alimentares, os fragmentos vão demonstrando que na região existiu  um povoamento em que cuja cultural continua latente e possível de ser resgatada para uma analise profícua.

Os vestígios destas ocupações estão sendo localizados por toda a parte  do Município, inclusive no centro da cidade: Artefatos de pedra,  e Sambaquis estão presentes pelas comunidades nas áreas central e costeira. Localidades de Cururupu onde foram encontrados objetos que caracterizam vestígios de civilização indígena: centro rua Rio Branco, comunidades de: Aliança, Entre Rios, Alto Brasil, Condurus, Lençóis, Mano Santo, Vinagreira, Tapera de Baixo, Aquilles Lisboa, Bairro de Areia Branca

Por volta de 1948 o pesquisador  José Silvestre Fernandes durante uma visita ao município observou a existencia de pelo menos 3 sambaquis nos lugares conhecidos como Areia Branca,  Ilha das Moças e Mocambo.Detectou a exploração de forma intensiva desses locais para a fabricação de cal , e que durante a construção de uma estrada em Areia Branca foram encontradas muitas ossadas humanas, além de farmentos de uma cerâmica mal cozida. (Fernandes, 1950 In LEITE Filho 2007)
A srª Inácia de Azevedo Trovão, 91 anos, forneceu um relato que corrobora as informações feitas pelo pesquisaddor acima mencionado, moradora desde os 20 anos nesse local, Rua do Matadouro, Areia Branca, nos informou: 

 “Aqui neste lugar era mato. Ali fizeram um trapiche e uma barragem, e o prefeito mandou cavar, apareceu ostra, caco de pote e muito osso de gente, tinha osso de braço, cabeça, etc. Quando cavava pra tirar o sarnambi aparecia os ossos. Essa terra tiraram todinha pra entulho, ainda tinha as terras pretas, as camadas. As crianças brincando achavam pedra de trovão. Os ossos que foram achados nessa época,  tiravam ruma, fizeram um monte de mais de metro, botaram querosene e tocaram fogo. Até o ano passado, 2004, na última casa acharam uma mandíbula, tava enterrado. Depois, Cururupu tem 163 anos, então naquele tempo morava índio”. ( LEITE Filho 2007).

 O local encontra-se parcialmente urbanizado, mas as casas apresentam grandes quintais e na região da serraria, por baixo da serragem, devem ter resquícios do rederido sambaqui. A área é de grande interesse e poderá ser pesquisada, apesar das muitas restriçoes, futuramente através de um convênio da prefeitura com o Centro de Pesquisa. A própria rua, conforme informações prestadas por outros moradores, apresenta um grande potencial. Em frente a casa da Srª Marlene Mafra Paurá, 49 anos, foi encontrado um achado que não teve o tratamento devido : “ As crianças brincando no quintal sempre achavam dentes, pedaços de ossos, mas jogava fora.  Em 2004 foi encontrado na porta da minha casa um esqueleto completo com a cabeça deitada dentro de alguidar pequeno; estava de lado com as pernas dobradas, todo curvadinho. Disseram que era macumba, despacho, uma moça falou que era de moradia de índio.  Ai o delegado foi chamado, eles cavaram foram tirando com tudo,  esbandalharam o alguidar e eles levaram os ossos maiores num saco de nylon. O delegado (Jarbas) falou que era um corpo de uma criança de muito tempo e ia fazer perícia”. ( LEITE Filho 2007)
  A área apresenta as seguintes coordenadas georrefernciadas:
  
                    Elev. 14 metros

                23 M  0514496
                              9797238
Em toda a região em que hoje compreende o espaço territorial do Município de Cururupu incluindo o centro Histórico, encontra-se vestigios de arquéologia histórica e pré-histórica, em 2009 encontramos na rua rio claro no centro da cidade, no meio da rua numa àrea escavada pela enxurrada da chuva pedaços de cerâmicas e porcelâna, que foram identificados pelo CENTRO DE PESQUISA DE HISTÓRIA NATURAL E ARQUÉOLOGIA DO ESTADO DO MARANHÃO, como material de arqueologia Histórica e Pré-histórica respéctivamente.

Nas comunidades de Entre Rios, Codurus, Alto Brasil,  Boa Vista e  Mano Santo, achamos de posse dos moradores das citadas comunidades, machadinhas de pedras que os comunitários identificavasm como “pedra” de “Corrisco”as mesmas foram identificadas pelo CENTRO DE PESQUISA DE HISTÓRIA NATURAL E ARQUÉOLOGIA DO ESTADO DO MARANHÃO, como artefatos indígenas do período da pedra polida.

Contam os moradores das referidas comunidades que no passado era comum encontrarem estes materias nos roçados pelo meio do mato e beira dos rios. Nas  comunidades de Aliança e Tapera de Baixo, encontrmos Areas que podem ser definidas como sambaquis, dado a enorme concentração de conchas e esqueletos de animas marinhos como caragueijos e outros residuos.
 No povoado Tapera de Baixo existe uma area de roçado de quase um hectere, contendo estes fosses, infelizmente este patrimonio esta sendo degradado;no local, funciona uma pedreira onde sua exploração avança sobre os vestigios. .



Em maio de 2011 No Bairro de Areia Branca encontramos um local proximo ao mangue no fim da rua do matadouro uma grande areá, repleta de restos de materias que caracterizam vestigios dos primitivos habitantes da região.
LOCALIDADES ONDE FORAM ENCONTRADOS VESTÍGIOS DOS       PRIMITIVOS HABITANTES DO MUNICÍPIO DE CURURUPU
De 2007 a 2011
Comunidades:
·         Aliança: Sambaqui ¹
·        Tapera de Baixo: Sambaqui;
·         Vinagreira: Sambaqui e artefatos (lamina de machado de pedra polida)
·         Mano Santo: Artefato indígena (lamina de machado de pedra polida²) e engenho de roda de bois³;
·         Aquiles Lisboa: Artefato indígena ( lamina de machado de pedra polida) e sambaqui;
·         Monte  Alegre: Artefato (lâmina de machado)
·         Conduru: Artefato indígena;
·         Entre Rios: Artefato indígena e engenho de roda de bois;
·         Alto Brasil/Boa Vista: Artefato indígena e Engenho de roda de bois;
·         Ilha de São Lucas: Artefato indígena;
·         Ilha de Lençóis: Artefato indígena;
·         Ilha da Mulata: ossadas;
·         Bairro de Areia Branca: Sambaqui;
·         Centro: Rua Rio Claro; Cerâmicas.
O Município de Cururupu contem um conjunto de fatores histórico cultural que certamente contribuirá para o enriquecimento do acervo cultural e  desenvolvimento do povo maranhense.

¹ Casa da Câmara e Cadeia: era o edifício no período do Brasil colônia e parte do periodo imperial onde estavam instaladas os órgãos da administração pública municipal.²Sambaqui: depósitos de conchas,  restos de cozinha e esqueletos, acumulados pelos habitantes pré- históricos do litoral e das margens dos lagos e rios brasileiros.
Abrigava em geral a Câmara Municipal e os órgãos a ela ligadas , como  Câmara de Vereadores, o Juiz de fora, o presidente da Câmara, o procurador, o juiz de Direito e o tribunal, a guarda policial (chamada de "milícia") e a cadeia pública.
³ Pedra polida: O Neolítico, também chamado de Idade da Pedra Polida (por
causa de alguns instrumentos, feitos de pedra lascada e pedra polida), é o
período da Pré-História que começa em 8000 a.C..
4 -Engenho de roda de bois: engenho que utilizava uma engrenagem mecânica movida a tração animal, que consistia em; um moinho com partida a partir da tração  de uma grande roda impulsionada pela força de uma ou mais juntas de bois, que ao gira-la, forneciam a energia mecânica que acionava o resto do mecanismo.