terça-feira, 29 de novembro de 2011

REI SEBASTIÃO NA ILHA DOS LENÇÓIS

Por: Marinelton Cruz                                                                                    SEBASTIANISMO

O local da batalha dos três Rêis.
Perto de Al-Kasr- Al-Kebir, ha uma aldeia denominada Suakem, que se deu a batalha    conhecida como Alcacér Quibir e provavelmente foram enterrados os três Reis. La se encontra um Obelisco em memória de dom Sebastião. O confronto em Alcacer Quibi:r
O confronto se deu no verão de 1578 entre os Cristãos Portugueses liderados pelo Rêi dom Sebastião e os Mouros Marroquinos. A derrota de El-Rêi Dom Sebastião foi eminente assim como o desaparecimento de seu corpo. Daí precipitou-se a crise do Império Português que vinha em declínio desde o governo de Dom João III.
Dom João III  comandou o Império Português conduzindo para  lutas de conquista por territórios com objetivos de colonização.A agravante disto era que os territórios disputados pelo Rei Dom João III eram territórios conquistados, o que os levava a luta com exércitos equipados. As derrotas causavam prejuízos irreparáveis a coroa portuguesa.
Com a morte de Dom João III aproximadamente em 1567, o rei Dom Sebastião foi coroado com três anos de idade. Por esta razão o mesmo só pode tomar posse da coroa onze anos depois. No período deste hiato que conta entre a morte do antecessor e posse de dom Sebastião o império já flagilizado só decaiu.Tanto economicamente como genealogicamente: pois a coroa portuguesa carecia de herdeiros; o pequeno Rei era o ultimo genuíno descendente.

No intervalo, entre o coroamento e a pose, Portugal foi governado por uma junta regencial Conflitada. De um lado encontrava-se o Cardeal Dom Henrique II (tio avô de Dom Sebastião) representava Portugal e Catarina Habsburgo( avó de Dom Sebastião e tia avó  de Felipe II Rei da Espanha) representava a coroa  Espanhola.
15.3 a razão do misticismo sebastico.
EL Rei Dom Sebastião representou em sua época a esperança de dois povos e dois Impérios. Os impérios Hispânicos divididos em dois desde o século XII. O Português e o Espanhol.

A guerra do inicio da idade media entre os mulçumanos e cristãos. A Espanha por meio do Cardeal Dom Henrique durante o período regencial pode preparar o terreno no campo institucional para que o falido Império português pendesse aos domínios da coroa Espanhola, durante apogeu da crise imperial portuguesa do século XVI.
A morte do Rei Sebastião precipitou a crescente mistificação entorno da salvação do império, levou a crença de que o Rei moreu para que a côrte fosse salva.
A vinda dos portugueses para o Brasil trouxe esta e outras crenças. O Rei dom Sebastião, aparece encantado no nordeste e no Norte do Brasil: em Pernambuco, ( vide: “ O REINO DA PEDRA’ de Ariano Suassuana), no Estado do Pará, e no Maranhão.
Conta à lenda do rei D. Sebastião na Ihas dos Lençóis em Cururupu no Estado do maranhão que, depois de morto na guerra em Alcácer Quibir , foi encantado na Praia dos Lençóis, localizada no arquipélago de Maiaú a 160 Km de São Luís, onde está situado seu palácio feito de ouro, cristal, esmeraldas e outras pedras preciosas.  Em 04 de agosto, data que coincide com a citada batalha, aparece, à noite, reluzente e garbosa, a nau de D. Sebastião que quer aportar em Lençóis. O rei salta em seu cavalo com arreios de ouro e prata, em uniforme de gala, com espada e condecorações. 

No ano seguinte, nas noites de São João, o fantasma do rei retorna à praia, agora sob a forma de um touro negro com penacho luminoso. Em desabalada carreira sai pela praia emitindo mugidos tremendos. Este encantamento permanecerá até o dia em que alguém testemunhar tal aparecimento e faça na testa do touro uma incisão, da qual jorre sangue. Então, D. Sebastião será desencantado e emergirá glorioso das profundezas do mar, com toda a pompa de sua corte. O maremoto ocasionado por tal acontecimento, fará submergir a Ilha de São Luís do Maranhão. 
0s aliados estrangeiros do Rei São Sebastião na encantaria
Na encantaria, falam de um certo sultão Darsalam que dominou a Turquia por volta de 1909. No mesmo período este sofreu fragorosa derrota para os exércitos Cristãos. O então sultão embarcou em fuga suas três filha. As princesas: Erundina, Jarina e Mariana que vieram a se encantar no portal de encantaria do estreito de Gilbratar. De lá, as três princesas, dormiram por mais de 400 anos. Daí, estas acordaram adentrando o rio amazonas por volta do inicio do século XVI. Encantadas as três princesas se manifestam nos terreiros da pajelança da Amazônia.
A princesa Jarina descontente com as matas do Para, refugiou-se como hospede na corte do  Rei Sebastião, na encantada ILHA DE LENÇÓIS, e ali, nas morrarias da praia e da Ilha de lençóis e da Ilha Maiaú, a encantaria  Amazônica rende-lhe homenagens e oferendas juntamente com El Rei Dom Sebastian.


AS ARTIMANHAS DE EL REI DON SEBASTIAN
O local onde está edificada a escola do ensino primário na comunidade de Lençóis no Município de Cururupu. Era o local que outrora foi destinado para a construção do terreiro de Tambor de Mina da ilha encantada de São Sebastião. O terreiro foi construído na década na segunda metade do século XX.
No local foi assentada a simbologia do terreiro, no pé da arvore símbolo; um robusto cajueiro.
Por insistência de um  prefeito  e desobediência do pai de santo local, o terreiro foi desativado dali e edificado em outro local para dar lugar à construção do prédio da escola municipal.
Tanto o pai de santo quanto o prefeito, foram alertados pelos devotos e divindades de que habitam a tradicional morada do Rei Don Sebastião, nas marrarias da ilha dos Lençóis acerca dos perigos e instabilidades que por ventura viessem a ocorrer em conseqüência do ato profano.
Trata-se de um fato que teve repercussão no circulo das encantarias no Maranhão.

 Pai Euclides Menezes, Fundador da casa Fanti-ashanti, iniciador das obrigações que deram origem a fundação do terreiro da Ilha dos Lençóis, lamentou o fato de ter sido mudado o terreiro de seu lugar original a penas para dar lugar a construção de uma escola que poderia ter sido construída em qualquer outro lugar da comunidade.
Depois de edificada a escola, não passou muito tempo para as coisas começarem a dar sinal de instabilidade no terreno. Logo as dunas que em precipício da construção da escola, estavam distantantes do local separadas por touceiras de murici e um denso capinzal, passaram  a si movimentar segundo os moradores da comunidade com mais velocidade que o habitual, em pouco tempo as dunas já estavam ameaçadoramente nas bordas na encosta da escola. Foram tomadas algumas providencias por parte da administração municipal com apoio da comunidade para conter o avanço das dunas que avançaram para encobrir a escola. Foram feitos alguns mutirões, a força dos braços, homens e mulheres, trabalharam sol a sol retirando areia.
Em outubro de 2010, na segunda metade do mês durante a realização de um desses mutirões, realizado com mais pessoal inclusive com pessoas trabalhado profissionalmente, o mutirão teria sido até naqueles dias, o mais longo e denso das temporadas. Durante este evento foi notado por nativos algumas manifestações, que estes consideram de desagrado por parte das forças sobrenaturais que habitam a Ilha. Numa certa noite alguém (um pecador) ao voltar de despescar redes na costa da Ilhas abitas altas horas da noite observou que havia alguém localizado no alto das dunas jogando e devolvendo terra para o local de onde o mutirão tinha tirado durante o dia nas imediações da escola. Na manhã seguinte, estava novamente aterrado exatamente no local de onde fora tirado uma grande porção de terra no dia anterior. O que causou uma grande admiração por todos que tiveram a oportunidade de presenciar o acontecido.

A discussão sobre a mudança do terreiro para dar lugar à escola, contrariando os rituais sagrados que deram lugar ao assentamento do terreiro, voltaram a tona. A secretária Municipal de Educação a Prof.ª Rosária de Fátima, propôs em seguida que fosse realizada uma celebração no local envolvendo as igrejas, os terreiros e outras crenças, num ato de reverencia pedindo proteção as divindade e entidades que protegem e vivem na Ilha misteriosa de Lençóis, sede da encantaria sebastianista no litoral ocidental do maranhão.

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